sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

"Ironia da vida"


O egoísmo corrói as pessoas por dentro de tal forma, com tanta agressividade, com tanta insistência que essas mesmas pessoas começam a achar-se umas vítimas da sociedade. Olham apenas para o seu umbigo, criticam tudo, não olham a meios para atingir os seus fins, não sabem quais os limites do bom senso e apenas se vêm ao espelho como umas vítimas de um cruel destino traçado à nascença. Quando na verdade o problema está nelas. Tiveram pessoas a gostar delas, que lutaram até ao fim, que deram o seu melhor lado, que deram amor, que deram carinho... que tantas vezes não mereciam. Sabem que mais? Agora são essas pessoas, que lutaram tantas vezes contra o mundo por um egoísta do pior, que são as egoístas. Eu acho que não. Acho apenas que ganharam amor-próprio, dignidade e um sorriso na cara. E isso deve doer! Deve doer o seguir em frente, o esquecer o quão pisada se foi e levantar-se. Agora que olho para trás, vejo que perdoei demais. Perdoei o imperdoável. Perdoei situações limite. Perdoei cenas tristes. Perdoei infantilidades. Perdoei tudo e perdi a minha dignidade. Saí traumatizada. Saí com um buraco no coração e achar que toda a gente seria assim. Saí triste, mas a desejar o melhor. Mesmo assim continuo a receber más palavras, porque apesar de me passar a vida a chatear, eu ainda sou "obrigada" a responder bem. Não, não respondo mais. E se escrevo isto hoje é porque o blog é meu, pertence-me, sempre me pertenceu e tenho o direito de o usar, como o uso desde os meus 16 anos, como o meu grande refúgio. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

"A maldita da normalidade"


Às vezes apetece-nos escrever e não nos vem nada à cabeça. Às vezes apetece-nos contar coisas que não podemos contar. Às vezes ficam coisas por dizer. Às vezes ficam coisas por fazer. É estranho pensarmos no quanto o medo de ser mal-interpretado, de não estar a fazer o correcto, de não estar a seguir o chamado "normal" nos afecta. Talvez o "normal" não exista. Talvez o armazenemos como uma simples noção para seguir, quando na verdade não passa de uma ilusão. Talvez a normalidade seja uma coisa tão relativa, tão insignificante que nem mereça ser comentada. Talvez o medo nos leve à procura dela. O "perfeito", o "normal", o "ideal" pode não existir. Mas continuo em busca dele, continuo a tentar viver em base disso. Sinto-me confusa! Admito que me sinto. Não queria falar nisso, porque me sinto, ao mesmo tempo, maravilhosamente feliz. Deixei de me preocupar com o passado... lá está, não estou a agir com a normalidade que sempre idealizei. Que se lixe, vou lutar para ser feliz! Vou ser feliz, à minha maneira, à minha normalidade! Vou em busca do meu lugar no Mundo... nem que ele seja no Antárctico.

sábado, 24 de janeiro de 2015

"Fria como o gelo"


Toda vida tentei ser o mais correcta que pude. Tentei sempre pôr os outros antes de mim. Tentei nunca ofender ninguém. Tentei que nunca tivessem razões para me apontar o dedo. Tentei que todos os que gostava estivessem bem e felizes. Mas às vezes percebo que isso é impossível. É impossível que não nos apontem o dedo, mesmo que tenhamos dado o nosso máximo, mesmo que tantas vezes tenhamos sido tão tolerantes com algumas coisas. Tentei não por mim, mas por essas pessoas, mostrar alguma atenção, mesmo que me apetecesse distância. Não o compreenderam, e até aceito as suas justificações, mas fez-me mudar a perspectiva de algumas coisas. Às vezes mais vale mostrar frieza e crueldade... só às vezes, gosto de acreditar nisso.


domingo, 18 de janeiro de 2015

"Fase: Meu Deus dá-me vontade de estudar"


Após 5 testes seguidos (1º semana - terça, quarta e sexta.... 2º semana - quarta e sexta) vejo-me completamente incapacitada para passar mais de 5 minutos a olhar para uma sebenta com fórmulas que apesar de ter noção que entendo (e sei de outras cadeiras), parece que nunca as vi na vidinha. Não estudei na quinta, nem na sexta, nem no sábado... e por este andar quase nada no Domingo. Tenho os meus últimos dois testes na próxima semana, e caramba, logo duas das piores cadeiras do terceiro ano. Sara, Sara, Sara estás a meter-te por caminhos tão, mas tão apertados. Deus me dê sabedoria, vontade, coragem, paciência e um pózinhos milagrosos... 7 cadeiras é demais para mim (como boa sonhadora que sou, continuo com a esperança de não ir a nenhum recurso... crente portanto)!!!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

"Quase meio ano depois, venho anunciar... ESTOU VIVA!"


Passou meio ano (vá, faltam os dias para a conta certa, mas subentende-se a coisa) e tanto mudou. Acabei o ano de 2014 solteira. 2 anos de namoro terminaram, por minha decisão. Precisava de liberdade, caramba precisava de respirar, precisava de me sentir livre, precisava de voltar a ser eu. Eu estava uma nódoa. Porque passei a ser alguém que não eu? Sempre fui uma boa amiga (das coisas que mais me posso orgulhar)... às vezes já não o era. Sempre me ri até cair para o lado... não ouvia a minha gargalhada há meses. Sempre fui feliz... sentia-me tão infeliz às vezes. Sempre fui uma feminista do pior... andava a depender de um homem psicologicamente e emocionalmente. Sempre fui uma pessoa livre... parecia que vivia numa prisão. Caramba, obrigada família, obrigada meus queridos amigos, obrigada minha família de curso e obrigada meus caloiros, por me fazerem voltar à vida. Acho que, se este ano não tivesse decidido vestir o traje, ainda viveria numa prisão. Não podia faltar, não podia vacilar, ah caramba, vocês sabem que a praxe está-me no sangue. E isso trouxe-me força. Senti que não ficaria sozinha fosse qual fosse a decisão que tomasse. E não fiquei. Sabia que nunca o ficaria, porque senti, mais do que nunca que gostavam de mim... que eu tinha valor, que eu fazia falta. Como eu sentia falta de tardes a rir. Estou feliz admito. Não tenho pelo que esconder. E continuo a provar que tenho valor, caramba acabo de fazer Micro com um mínimo de 13v, sem ajuda de ninguém. Eu duvidei tanto disso, duvidei tanto que tivesse valor a tantos níveis. Agora estou na fase em que só quer ver os homens na Nova Zelândia bem longe de mim, vá há-de passar digo eu. Se não passar, azar. O meu maior pensamento nos últimos tempos passava por "tens 20 anos, não vivas assim, tens 20 anos". Eu que odeio fazer anos, pois começo logo a dizer que estou velha e mimimi, senti-me tão jovem, tão nova para viver já este drama. Mas esquecemos este assunto, mais novidades? Pois bem, já sou condutora. Podem sair de casa à vontade, que sou uma mulher segura, está bem? Sou também madrinha de praxe de duas bestas do sexo masculino (sexo feminino precisa-se naquele curso) e pronto, gosto muito dos meus caloirinhos. Adoro praxe, vocês sabem. Tenho é pena de não ser caloira, pois era tudo mais fácil. Prometo tentar voltar a dar novidades. Hoje se voltei aqui fui porque tive incentivo de duas pessoas, que apesar de eu já ter sido bem parva com elas, nunca me abandonaram. Ah e também porque dei por mim a tentar estudar Controlo Automático e a ver a Fátima Lopes, na máquina da verdade, a tentar descobrir se uma mulher tinha roubado azeitonas e uma garrafa de azeite.