domingo, 15 de fevereiro de 2015

"Eu com sono, uma espécie de Fernando Pessoa"


Nas últimas 3 semanas vivi em Guimarães, pois tive um projecto muito importante para entregar. Éramos um grupo de 8 elementos, mas era trabalhinho que nunca mais acabava. O pior esteve mesmo na última semana que foi super agressiva e tivemos que fazer duas directas seguidas. No meio disto tudo descobri que com sono, sou bipolar. E isto segundo analises mais atentas fez com que eu descobrisse a razão de ter dois números preferidos (o 3 e o 6), apesar de gostar mais do 3. Ah e claro também ter duas cores preferidas (o verde e o laranja), mas gostar mais do verde. Num pequeno resumo posso vos relatar que pelo menos existem 3 "eus", sendo que:
- uma sou eu própria, num estado "normal";
- uma que adora elevadores (coisa que eu detesto, no meu estado normal, pois tenho medo);
- uma que para se sentir bem decide subir sete andares de um prédio pelas escadas.

Acho que vou mandar o meu último "eu" embora, pois só me fez sentir pior, para além de ser muito orgulhosa e parva. Enfim só vos digo que dormi 15 horas seguidas e desde que entreguei o trabalho já dormi 21 horas. E amanhã lá volto eu... para o segundo semestre! Ninguém merece!

"A ovelha negra das botijas de gás"


Hoje fui tomar banho e como sempre a botija do gás acabou em mim! É sempre! Todos os meses ou acaba a cozinhar ou quando eu estou a tomar banho. Como sempre ouço boquinhas a acusar-me de ser uma demorada, que fico muito tempo a tomar banho e que depois tenho o devido castigo. Hoje passei-me com esse discurso! Então há três semanas que só venho a casa ao sábado e ao domingo, no máximo eu tomei 4 banhos com a tal botija, como é que sou eu a culpada? E pronto, neste momento a ovelha negra das botijas de gás (entenda-se eu), está no sofá enrolada em cobertores, com o cabelo meio lavado à espera que o seu querido pai chegue com a botija.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

"Montanha russa"


Apetece-me contar-vos o que me vai na alma, no entanto, apesar desta terrível vontade, não o posso fazer. Isto vai para aqui uma confusão, que nem vos digo nem vos conto. Vivo agora numa espécie de montanha russa, ando toda baralhada, sem sul sem norte... nah eu acho que gostava de estar confusa, mas não o estou. É isso, eu gostava de viver numa confusão, que sei que está a assentar. A poeira está a desaparecer... e os meus olhos não querem aceitar o que vêm. Caramba Sara, essa mania de ser estranha, essa mania de não viver o que achas correcto... Fugir era de facto uma possível solução... não passa de uma possível, pois não quero, não me apetece, não sinto necessidade... Vamos em frente, veremos no que dá. 

"Cenas que me deixam aziada"


Estou a fazer pela segunda vez uma das cadeiras mais complicadas do meu curso, tenho média de 14,45v e o professor diz-me que 14,45v é muito diferente de 14,5v... Por isso vou ficar com 14v, sim senhor faz muito sentido!!!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

"Ironia da vida"


O egoísmo corrói as pessoas por dentro de tal forma, com tanta agressividade, com tanta insistência que essas mesmas pessoas começam a achar-se umas vítimas da sociedade. Olham apenas para o seu umbigo, criticam tudo, não olham a meios para atingir os seus fins, não sabem quais os limites do bom senso e apenas se vêm ao espelho como umas vítimas de um cruel destino traçado à nascença. Quando na verdade o problema está nelas. Tiveram pessoas a gostar delas, que lutaram até ao fim, que deram o seu melhor lado, que deram amor, que deram carinho... que tantas vezes não mereciam. Sabem que mais? Agora são essas pessoas, que lutaram tantas vezes contra o mundo por um egoísta do pior, que são as egoístas. Eu acho que não. Acho apenas que ganharam amor-próprio, dignidade e um sorriso na cara. E isso deve doer! Deve doer o seguir em frente, o esquecer o quão pisada se foi e levantar-se. Agora que olho para trás, vejo que perdoei demais. Perdoei o imperdoável. Perdoei situações limite. Perdoei cenas tristes. Perdoei infantilidades. Perdoei tudo e perdi a minha dignidade. Saí traumatizada. Saí com um buraco no coração e achar que toda a gente seria assim. Saí triste, mas a desejar o melhor. Mesmo assim continuo a receber más palavras, porque apesar de me passar a vida a chatear, eu ainda sou "obrigada" a responder bem. Não, não respondo mais. E se escrevo isto hoje é porque o blog é meu, pertence-me, sempre me pertenceu e tenho o direito de o usar, como o uso desde os meus 16 anos, como o meu grande refúgio. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

"A maldita da normalidade"


Às vezes apetece-nos escrever e não nos vem nada à cabeça. Às vezes apetece-nos contar coisas que não podemos contar. Às vezes ficam coisas por dizer. Às vezes ficam coisas por fazer. É estranho pensarmos no quanto o medo de ser mal-interpretado, de não estar a fazer o correcto, de não estar a seguir o chamado "normal" nos afecta. Talvez o "normal" não exista. Talvez o armazenemos como uma simples noção para seguir, quando na verdade não passa de uma ilusão. Talvez a normalidade seja uma coisa tão relativa, tão insignificante que nem mereça ser comentada. Talvez o medo nos leve à procura dela. O "perfeito", o "normal", o "ideal" pode não existir. Mas continuo em busca dele, continuo a tentar viver em base disso. Sinto-me confusa! Admito que me sinto. Não queria falar nisso, porque me sinto, ao mesmo tempo, maravilhosamente feliz. Deixei de me preocupar com o passado... lá está, não estou a agir com a normalidade que sempre idealizei. Que se lixe, vou lutar para ser feliz! Vou ser feliz, à minha maneira, à minha normalidade! Vou em busca do meu lugar no Mundo... nem que ele seja no Antárctico.

sábado, 24 de janeiro de 2015

"Fria como o gelo"


Toda vida tentei ser o mais correcta que pude. Tentei sempre pôr os outros antes de mim. Tentei nunca ofender ninguém. Tentei que nunca tivessem razões para me apontar o dedo. Tentei que todos os que gostava estivessem bem e felizes. Mas às vezes percebo que isso é impossível. É impossível que não nos apontem o dedo, mesmo que tenhamos dado o nosso máximo, mesmo que tantas vezes tenhamos sido tão tolerantes com algumas coisas. Tentei não por mim, mas por essas pessoas, mostrar alguma atenção, mesmo que me apetecesse distância. Não o compreenderam, e até aceito as suas justificações, mas fez-me mudar a perspectiva de algumas coisas. Às vezes mais vale mostrar frieza e crueldade... só às vezes, gosto de acreditar nisso.


domingo, 18 de janeiro de 2015

"Fase: Meu Deus dá-me vontade de estudar"


Após 5 testes seguidos (1º semana - terça, quarta e sexta.... 2º semana - quarta e sexta) vejo-me completamente incapacitada para passar mais de 5 minutos a olhar para uma sebenta com fórmulas que apesar de ter noção que entendo (e sei de outras cadeiras), parece que nunca as vi na vidinha. Não estudei na quinta, nem na sexta, nem no sábado... e por este andar quase nada no Domingo. Tenho os meus últimos dois testes na próxima semana, e caramba, logo duas das piores cadeiras do terceiro ano. Sara, Sara, Sara estás a meter-te por caminhos tão, mas tão apertados. Deus me dê sabedoria, vontade, coragem, paciência e um pózinhos milagrosos... 7 cadeiras é demais para mim (como boa sonhadora que sou, continuo com a esperança de não ir a nenhum recurso... crente portanto)!!!